Sexta-feira, 11 de Julho de 2008
Diário de bordo

Após, um ano e meio no mar voltei à minha cidade. Sempre que passo por cá penso na vida que poderia ter se tivesse tomado outro tipo de decisões. Nunca me deixei acomodar. Um Pirata não é assim. Um líder muito menos. Naquela altura, não poderia desapontar os meus homens. Aqueles que fizeram que fosse respeitado por esse mar fora. Na altura deixei tudo para trás e mal sabia que sempre que voltaria a este porto, o consideraria como apenas mais um...

 

Por mais que me engane,  sinto que nunca soube o  verdadeiro siginificado da palavra lar. Não sei o que é ter um porto de abrigo. Não sei o que é ter alguém que se preocupa realmente connosco. Que me acarinhe. Todos estes sentimentos me são estranhos, mas ao mesmo tempo sinto uma necessidade extrema de os conquistar.

 

A via tem estas coisas. Estas e muito mais. Que desconhecemos por completo. É feita de prioridades. De decisões. Eu tomei a minha. Não me arrependo. Escolhi esta vida e por isso assumo-a perante mim e perante a minha tripulação. Cada  barco que conquistamos e que pilhamos é apenas mais uma aventura e apenas mais um, no meio de tantos outros. Cada pessoa que esventro, sinto que se trata de um mal menor. Nada me arrelia, mas tudo me preocupa.

 

Por uma vez na vida, quis parar. Pensar. Deixar esta vida que não interessa a ninguém. Nunca me arrependi de nada, mas sei que preciso da outra parte da vida que não posso ter devido às escolhas passadas. Por momentos pensei ter forças para conseguir ficar. Por momentos sonhei que tinha alcançado e conquistado aquilo que  sepre quis ser e que na verdade não sou. 

 

Por momentos pensei que poderia estar a construir o lar que nunca tive. O amor que nunca encontrei. Daqueles que duram para a vida inteira. Não sei porque razão, mas isso não pasosu apenas de um sonho meu. Felizmente que ninguém passa ao lado destes pensamentos. Não se enganem. Ninguém. Nem mesmo o pior Pirata à face da terra.

 

Mas, por alguma razão que desconheço, esse sonho desvaneceu-se por completo. Esfumou-se! Desapareceu.Já nem a esperança e muito menos as forças eram suficientes, apesar de acreditar no futuro e na felicidade que estaria ali tão perto... Já nada dependia de mim! E não me tinha apercebido disso.  

 

(...)

 

Fugi. Acobardei-me! Afastei-me do caminho que realmente queria! E apenas me restou  alimentar a esperança e continuar à deriva, mais uma vez, por esse mar fora...



publicado por Pira-te daqui! às 19:16
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